Fio sobre o #OpenStreetMap
O que é o OpenStreetMap?
É um projeto colaborativo que tem como objetivo a criação de uma base cartográfica de livre utilização recobrindo todo o planeta.
- Qualquer pessoa pode colaborar com edições no mapa e essas edições podem servir a qualquer fim a qualquer outra pessoa ou organização, inclusive com propósitos comerciais.
- Frequentemente citado como uma "Wikipedia de mapas"
Por que é diferente do Google Maps?
Enquanto a base cartográfica do Google é proprietária e impõe diversas restrições por meio de uma licença rígida de acesso e utilização dos dados brutos, a licença do #OpenStreetMap é ODbL (Open Database License), permitindo livre acesso e utilização os dados, com objetivo comercial ou não, tendo como condições:
1) o crédito aos colaboradores do projeto no seu trabalho;
2) o banco de dados baseado no OSM deve ser disponibilizado nos mesmos termos da ODbL.
E quanto à confiabilidade dos dados do projeto?
Os dados do OSM são confiáveis porque são mapeados com base em três fontes principais: imagens de satélite, coleta de dados em campo e legislação.
Mapeadores com mais experiência monitoram regiões específicas e ajudam a manter a qualidade do que é adicionado ou alterado, além de identificar potenciais atos de vandalismo.
Também existem ferramentas automatizadas para análise de qualidade e para identificação de edições suspeitas ou incorretas.
O OpenStreetMap possui heterogeneidade do mapeamento em termos de densidade.
Grandes centros urbanos costumam ter mais detalhes de mapeamento, enquanto cidades de interior podem ter somente suas ruas mapeadas. Se houver uma pessoa dedicada ao projeto numa cidade pequena, ela pode ter mapeamento melhor do que qualquer outra plataforma, a exemplo de Malta, na Paraíba (citando apenas um deles): https://www.openstreetmap.org/relation/301313
Se você quiser ler mais a fundo: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/19524/1/2017_GabrielFranklinBrazdeMedeiros.pdf
Como colaboradores geralmente fazem suas edições?
- iD, editor integrado à interface do OSM na Web
- JOSM, sistema de informações geográficas dedicado à edição no OSM e desenvolvido em Java.
- Outros softwares, como StreetComplete, Osmand etc
Quais as fontes de dados utilizadas por quem edita?
- Imagens de satélite cedidas ao projeto, geralmente as do Bing
- Conhecimento local
- Coleta de dados em campo
- Consulta a legislação
- Importação massiva de base de dados confiáveis
O #OpenStreetMap NÃO É um aplicativo. É uma base de dados. Você não vai ter uma interface amigável para seu smartphone utilizando só a página oficial do OSM.
Um aplicativo que uso há muito tempo é o Osmand. Permite busca por locais, criação de rotas, gravação de trilhas e várias outras funções habituais para quem usa um aplicativo de geolocalização. Também permite download de regiões específicas do planeta pra uso off-line.
Disponível pra Android e iOS: https://osmand.net/
E aí? Bora mapear?
Pode começar com o nome de uma rua que você conhece ou com o desenho do prédio onde fica o mercadinho agradável dentro do seu bairro. Esse é o conhecimento mais valioso, o que a pessoa que mora no local pode oferecer a qualquer outra pessoa no mundo!
Crie sua conta em https://www.openstreetmap.org/user/new e busque pela área que deseja editar. A interface de edição na Web conta um tutorial pra te ajudar nos primeiros passos.
Invisibilização das comunidades periféricas no Google Maps e como o OpenStreetMap pode ser uma alternativa pra contornar esse problema. https://geocracia.com/a-invisibilidade-dados-geoespaciais-das-periferias/
Projeto com base no #OpenStreetMap que permite a busca de instalações de acessibilidade para pessoas com deficiência física em cadeiras de rodas e que também permite informar quais são estas instalações caso ainda não estejam mapeadas. https://wheelmap.org/
Gosta de pedalar?
Então olha só esse mapa que utiliza dados do #OpenStreetMap pra mostrar ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, além de instalações úteis como paraciclos e oficinas. Em qualquer cidade do Brasil onde houver dados sobre esse modo de transporte no projeto. https://ciclomapa.org.br
O #OpenStreetMap disponibiliza um estilo de visualização do mapa que dá destaque às rotas de transporte público. Basta clicar no botão "Camadas" e selecionar a camada "Transporte Público". Aplicando o zoom, é possível ver o código de cada linha e os pontos de parada associados. No Osmand é só clicar em uma das paradas de ônibus e um menu é aberto mostrando todas as linhas que passam por ela.
O Humanitarian #OpenStreetMap Team é um projeto que agrega tarefas humanitárias e times de voluntáries dedicades ao mapeamento de regiões do planeta suscetíveis a desastres naturais e/ou em vulnerabilidade socioambiental. Também organiza forças-tarefa para mapeamento de regiões que sofreram tragédias ambientais, como no caso do Rio Grande do Sul em maio. Você pode contribuir da sua casa com esse projeto mapeando regiões remotas por meio de imagens de satélite.
StreetComplete é um aplicativo que faz perguntas simples sobre lugares perto de você e envia suas respostas ao #OpenStreetMap para as informações serem disponibilizadas no projeto.
Aplicativo para busca de banheiros mapeados no #OpenStreetMap que estão mais próximos de você. Por experiência própria: foi bem útil em João Pessoa, em cidades menores pode não ser pela falta de dados cadastrados.
O MapCarta é um mapa global estilo Google Earth que tem o #OpenStreetMap como base e mostra informações e fotos sobre lugares selecionados consultando Wikipedia e Wikimedia.
Quem aí gosta de trens?
O OpenRailwayMap é um mapa dedicado a visualização e exploração das malhas ferroviárias mapeadas no #OpenStreetMap por todo o planeta.
@elmoneto será que dá pra indicar os bairros onde se deve baixar o vidro?
@Rivaille_VD Olha, acho que já teve uma discussão há anos sobre isso, confesso que não tô atualizado. Mas na época lembro de opiniões contrárias pelo fato de isso não ser facilmente verificável e estimular estigmas e preconceitos com determinados locais.
@elmoneto eu acho super necessario... essa semana mesmo metralharam um carro de turistas pq entraram onde não deviam em fortaleza
@elmoneto Esse projeto foi citado no meu curso de Ciência de Dados